Nesse friozinho e fim de outono a coisa esquentou. Enquanto na Europa, Rúcia e Estados Unidos travavam uma Guerra Fria quanto ao escudo antimícil, aqui no Rio de Janeiro travou-se uma Guerra Quente com xingamentos e empurrões entre cariocas: professores de um lado e policiais e guardas municipais do outro, mas graças às pílulas do Frei Galvão, agora também distribuídas no Rio, e em breve com a ajuda de Sua Santidade o Papa, essa bendita há de ser globalizada, nenhum mícil foi disparado e ninguém saiu ferido. Já o Poder Executivo na pessoa de César, Ave, César, prefeito dos Estados Unidos Carioca, disparou o mícil Resolução 946, mas foi interceptado e destruído pelo mícil Decreto Legislativo 181 do escudo antimícil da Rúcia da Câmara Municipal. Por esses filhos de Putin, certamente monologava César, Ave César, sem coragem de transformar essas palavras em diálogo com os seus oponentes. E os jornais não perderam tempo, travando uma Guerra Fria de notícias: “Câmara do Rio derruba aprovação automática. Aprovação automática leva bomba”; “Crise no ensino. Cai aprovação automática”. O fator que desencadeou a guerra foi a Resolução 946 que determinava a aprovação automática de alunos da rede municipal de ensino. Lá fora, Rúcia e Estados Unidos já sinalizaram para um acordo, porém, aqui, César promete uma nova troca de míceis no judiciário. Sugiro à juíza ou juiz do processo pedir um pedacinho do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para instalar em caráter de urgência um escudo antimícil na Justiça para evitar futuros dissabores como: “Juiz atingido por mícil perdido durante a audiência”. Não sei qual dos míceis tem razão, mas lembrando de um amigo formado em Letras, Pedagogia e agora cola grau em História, acho delicado, pois esse amigo vinha dando aulas, escrevendo no caderno, no quadro e poesias, “Cidade” com S, segundo ele, “Sidade”. É fato que muitas cidades têm merecido essa escrita porque têm feito várias curvas, muitos S com os dinheiros públicos. Alertei-o que assim não dava para ser professor nem por usucapião. Atacar as vergonhosas taxas de repetência do Brasil, sim, mas aprovando o erro é que é vergonhoso. Escrever Cidade com S não é dose para cavalo: é para elefante, mas dizem que a língua é dinâmica e talvez daqui a 500 anos “Cidade” se escreva com S. Agora você deve estar entendendo porque até aqui venho escrevendo Míssil e Rússia com C. Chegamos ao ponto. Vejam a minha prima Hellenhood. Tem nome de ministra do Supremo, mas é simples diarista. Veio do Norte e há mais de 40 anos pronuncia e escreve: “Dificulidade e Falcudade”. Há muitos assim. Como a terceira idade vem procurando escola, com a aprovação automática, Hellenhood vai morrer nessa dificulidade, pedagoga. Deixo de dar voz a Pedagoga. Já falou demais, inclusive, fazendo uso do míssil 946. Creio não ser caso só de professores e Poderes, mas de persuasão, Democracia, adesão. Hellenhood, boa diarista que é, na Zona Sul, as patroas tentam ajudá-la, dizendo que não existe a palavra Falcudade e sim Faculdade. Hellenhood não é filósofa, mas pensa, e nem aí, responde que Falcudade já deveria estar no dicionári: “É pena que o Chico Buarque de Holanda morreu!” E a filha corrige: “mãe, é Aurélio!” “Aurélio ou Chico, a verdade, num sabe, é que Faculdade é no asfalto, morros é Falcudade”. De uns tempos para cá, tempo mesmo, aquelas armas trombolhudas de pesadas foram sendo aposentadas, aliás, tudo hoje é bem levinho: a geladeira, o salário, desculpe, esse sempre foi leve; os carros, então, parecem folhas de papel fino. Em lugar delas vieram, por exemplo, o FAL (Fuzil Automático Leve) e outros fuzis como AR15, AK47, M16... Dependendo do que se quer fazer com inimigo. O Fal é o que mais estraga a vida. É o César da destruição. E daí surgiu um problema para o banditismo: a manutenção e uso desses armamentos modernos que subiam os morros. Eu disse subiam porque o traficante não desce, compra passaporte e atravessa a fronteira para ir buscar fuzis israelenses, russos, alemães... Que mistério hein, Almirante? Num país em que se apuram bilhões de dólares com as privatizações e não é feito nenhum investimento social verdadeiro; num país em que há um superávit de 4,2 bilhões de dólares num mês e o investimento social que se faz é um “Bolsa Família”, não é difícil recrutar um soldado experiente para dar aulas nas Falcudades (Faculdades de FAL) existentes nos morros, ganhando bem mais que um professor de faculdade pública no asfalto, com pós-doutorado em Harvard... Morro também tem seu presidente e PAC (Programa de Aceleração do Crime). Hoje quando Hellenhood chega para fazer as faxinas, as patroas automaticamente dizem: Pois é, Hellen! Você tem razão. Está faltando Falcudade no Aurélio. “Liga não, patroa! A gente vence essa dificulidade!” E vendo essa positividade de Hellen, automaticamente recordo bons tempos que entre os meninos do morro saíamos armados de bodoques para caçar aquelas rolinhas bojudinhas, deliciosas na farofa, mas muitos meninos de agora, nos morros, ficam no automático, de fuzis nas mãos, caçando helicópteros bojudinhos. Em vez de mudar a rota dos helicópteros, não daria para mudar a rota desses meninos com tanto dinheiro sobrando no Ministério da Corrupção?! Pistola de corrupção existe em qualquer lugar do mundo, mas a nossa é automática, pois desde o superávit de abril que essa pistola não pára de atirar, é um escândalo atrás do outro e são tantos que de pistola já vai se tornando um fuzil. Assim, continuaremos mudando a rota de helicópteros, aviões, lazer, trabalho, escola...Um trem enguiçado à bala dá para fazer baldeação, mas com helicópteros e aviões é uma dificulidade, Excelência. Não há Falcudade que ensine isso. Mas me ocorreu, agora, uma dúvida sobre os PACs, o do governo e o do bandido: Qual que é o Programa de Aceleração do Crime?
sábado, 3 de novembro de 2007
FALCUDADE NO AURÉLIO
Nesse friozinho e fim de outono a coisa esquentou. Enquanto na Europa, Rúcia e Estados Unidos travavam uma Guerra Fria quanto ao escudo antimícil, aqui no Rio de Janeiro travou-se uma Guerra Quente com xingamentos e empurrões entre cariocas: professores de um lado e policiais e guardas municipais do outro, mas graças às pílulas do Frei Galvão, agora também distribuídas no Rio, e em breve com a ajuda de Sua Santidade o Papa, essa bendita há de ser globalizada, nenhum mícil foi disparado e ninguém saiu ferido. Já o Poder Executivo na pessoa de César, Ave, César, prefeito dos Estados Unidos Carioca, disparou o mícil Resolução 946, mas foi interceptado e destruído pelo mícil Decreto Legislativo 181 do escudo antimícil da Rúcia da Câmara Municipal. Por esses filhos de Putin, certamente monologava César, Ave César, sem coragem de transformar essas palavras em diálogo com os seus oponentes. E os jornais não perderam tempo, travando uma Guerra Fria de notícias: “Câmara do Rio derruba aprovação automática. Aprovação automática leva bomba”; “Crise no ensino. Cai aprovação automática”. O fator que desencadeou a guerra foi a Resolução 946 que determinava a aprovação automática de alunos da rede municipal de ensino. Lá fora, Rúcia e Estados Unidos já sinalizaram para um acordo, porém, aqui, César promete uma nova troca de míceis no judiciário. Sugiro à juíza ou juiz do processo pedir um pedacinho do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para instalar em caráter de urgência um escudo antimícil na Justiça para evitar futuros dissabores como: “Juiz atingido por mícil perdido durante a audiência”. Não sei qual dos míceis tem razão, mas lembrando de um amigo formado em Letras, Pedagogia e agora cola grau em História, acho delicado, pois esse amigo vinha dando aulas, escrevendo no caderno, no quadro e poesias, “Cidade” com S, segundo ele, “Sidade”. É fato que muitas cidades têm merecido essa escrita porque têm feito várias curvas, muitos S com os dinheiros públicos. Alertei-o que assim não dava para ser professor nem por usucapião. Atacar as vergonhosas taxas de repetência do Brasil, sim, mas aprovando o erro é que é vergonhoso. Escrever Cidade com S não é dose para cavalo: é para elefante, mas dizem que a língua é dinâmica e talvez daqui a 500 anos “Cidade” se escreva com S. Agora você deve estar entendendo porque até aqui venho escrevendo Míssil e Rússia com C. Chegamos ao ponto. Vejam a minha prima Hellenhood. Tem nome de ministra do Supremo, mas é simples diarista. Veio do Norte e há mais de 40 anos pronuncia e escreve: “Dificulidade e Falcudade”. Há muitos assim. Como a terceira idade vem procurando escola, com a aprovação automática, Hellenhood vai morrer nessa dificulidade, pedagoga. Deixo de dar voz a Pedagoga. Já falou demais, inclusive, fazendo uso do míssil 946. Creio não ser caso só de professores e Poderes, mas de persuasão, Democracia, adesão. Hellenhood, boa diarista que é, na Zona Sul, as patroas tentam ajudá-la, dizendo que não existe a palavra Falcudade e sim Faculdade. Hellenhood não é filósofa, mas pensa, e nem aí, responde que Falcudade já deveria estar no dicionári: “É pena que o Chico Buarque de Holanda morreu!” E a filha corrige: “mãe, é Aurélio!” “Aurélio ou Chico, a verdade, num sabe, é que Faculdade é no asfalto, morros é Falcudade”. De uns tempos para cá, tempo mesmo, aquelas armas trombolhudas de pesadas foram sendo aposentadas, aliás, tudo hoje é bem levinho: a geladeira, o salário, desculpe, esse sempre foi leve; os carros, então, parecem folhas de papel fino. Em lugar delas vieram, por exemplo, o FAL (Fuzil Automático Leve) e outros fuzis como AR15, AK47, M16... Dependendo do que se quer fazer com inimigo. O Fal é o que mais estraga a vida. É o César da destruição. E daí surgiu um problema para o banditismo: a manutenção e uso desses armamentos modernos que subiam os morros. Eu disse subiam porque o traficante não desce, compra passaporte e atravessa a fronteira para ir buscar fuzis israelenses, russos, alemães... Que mistério hein, Almirante? Num país em que se apuram bilhões de dólares com as privatizações e não é feito nenhum investimento social verdadeiro; num país em que há um superávit de 4,2 bilhões de dólares num mês e o investimento social que se faz é um “Bolsa Família”, não é difícil recrutar um soldado experiente para dar aulas nas Falcudades (Faculdades de FAL) existentes nos morros, ganhando bem mais que um professor de faculdade pública no asfalto, com pós-doutorado em Harvard... Morro também tem seu presidente e PAC (Programa de Aceleração do Crime). Hoje quando Hellenhood chega para fazer as faxinas, as patroas automaticamente dizem: Pois é, Hellen! Você tem razão. Está faltando Falcudade no Aurélio. “Liga não, patroa! A gente vence essa dificulidade!” E vendo essa positividade de Hellen, automaticamente recordo bons tempos que entre os meninos do morro saíamos armados de bodoques para caçar aquelas rolinhas bojudinhas, deliciosas na farofa, mas muitos meninos de agora, nos morros, ficam no automático, de fuzis nas mãos, caçando helicópteros bojudinhos. Em vez de mudar a rota dos helicópteros, não daria para mudar a rota desses meninos com tanto dinheiro sobrando no Ministério da Corrupção?! Pistola de corrupção existe em qualquer lugar do mundo, mas a nossa é automática, pois desde o superávit de abril que essa pistola não pára de atirar, é um escândalo atrás do outro e são tantos que de pistola já vai se tornando um fuzil. Assim, continuaremos mudando a rota de helicópteros, aviões, lazer, trabalho, escola...Um trem enguiçado à bala dá para fazer baldeação, mas com helicópteros e aviões é uma dificulidade, Excelência. Não há Falcudade que ensine isso. Mas me ocorreu, agora, uma dúvida sobre os PACs, o do governo e o do bandido: Qual que é o Programa de Aceleração do Crime?
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